Pesquisar este blog

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Briga de cahorro doido


Já viram como estamos entre dois lados de uma guerra de conceitos morais?
Estou falando da guerra cristãos vs gays. Isso é algo surreal, de verdade. Onde você acha que, hoje em dia, estaríamos discutindo uma briga entre essas suas correntes antagônicas(?)? No Brasil, claro!

Isso é ridículo, um estado que se diz laico discutir questões de direitos básicos e essenciais dos cidadãos usando como base princípios morais dogmáticos/religiosos. Sem moralismo hipócrita, todos somos iguais, e devemos ser respeitados em nosso direito as diferenças também. Deve ser garantido a todos os direitos naturais dos cidadãos, como, por exemplo, o direito de poder constituir uma família, sendo ela da forma que as pessoas resolverem entre elas que deve ser.

Por outro lado temos um grupo que quer ter direitos colocados em patamar especial, sendo colocados numa categoria de “supercidadão”, acima de qualquer censura e acima também dos direitos de livre expressão do pensamento do resto da população. Que é isso? Estamos entrando numa ceara que não vai dar em nada mais que uma guerra sem vitoriosos.

As coisas são claras e simples, gays sempre existiram e sempre irão existir. Isto ocorre porque homossexuais são seres humanos iguais aos heterossexuais, e ponto. Tem que ser tratados de forma igual, tanto nos direito quanto nos deveres, resolvido o assunto. Chega de tentar vencer esta disputa em cima de uma fé religiosa – por ser religiosa não é racional (sim, cristãos, vocês não possuem pensamento crítico sobre sua fé).

É incrível como o ser humano complica até a questão mais trivial. Fazem verdadeiras guerras em cima de questões ridículas. O resto é fanatismo e histeria coletiva, dos dois lados.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O estado atual das coisas

Venho pensando sobre o estado em que as coisas estão nessa nossa sociedade. Estamos já na reta final de uma disputa eleitoral à presidência da república e vemos nas redes sociais uma verdadeira avalanche de denúncias de ambos os lados tentando provar que o seu candidato é a melhor opção para o Brasil. Não acredito que um dos dois venha trazer a solução para os problemas do país porque, na verdade, os problemas do Brasil são maiores que simplesmente má gestão.

Eu estou cansado deste discurso fundamentalista onde vemos uma luta de ideologias, das mais variadas e absurdas possíveis, entres pessoas de todas as camadas da população, discutindo nada, apegados apenas em suas bandeiras. Fico até admirado que tenhamos tanta gente realmente interessada na disputa eleitoral. Eu confesso que não estava animado com essa corrida eleitoral, pois já perdi o ânimo com o estado da política brasileira. Acho tudo muito parecido, mas muito parecido mesmo! E o pior é que as diferentes correntes se aproximam exatamente pelo lado ruim da política: a corrupção.

Já vi gente defendendo e agredindo candidatos que, no frigir dos ovos, participam do mesmo velho jogo de poder. É engraçado como acabamos renovando as esperanças quanto nos vemos diante de uma disputa, mesmo quando quem está disputando a oportunidade de mudar as coisas, na verdade, vai continuar o mesmo tipo de governança e gestão pública.

Não me animo com tucano ou petralha, não aceito esse tipo de política que estamos assistindo diariamente nas duas campanhas. Vemos os dois candidatos tentando ganhar um debate focando seus discursos em dados estatísticos falsos, em acusações mútuas de corrupção. Não vi efetivamente debate de ideias, de propostas de governo, de propostas de política econômica. Não vi nada além que troca de acusações. Nosso debate político está resumido ao jogo do sujo apontando o dedo ao mal lavado.

E dentro disto tudo está uma população que não tenta se informar, que espalha o conteúdo que recebe via redes sociais sem nem se dar o trabalho de averiguar se aquilo é verdadeiro. Ontem assisti um vídeo onde duas personalidades brasileiras falavam sobre a nossa atual indústria da informação, ou melhor, indústria da desinformação. Existe uma verdadeira onda de desinformação, aparentemente, e eu acredito nisso também, intencional. Vemos, a todo momento, notícias falsas sendo vinculadas, com dados sem nenhum tipo de embasamento que os sustentem, sendo despejadas na nossa frente. Criou-se uma cultura de conspirações em cima de conspirações.

Não sei onde vamos chegar com esse tipo de discussão política e social. Já perdemos o fio da meada. Estamos discutindo se o bolsa isso ou aquilo é necessário, se deve ser mantido ou ampliado. Não sei se esta deveria ser a preocupação principal – minto, acho que esta não é pauta séria para discussão política. Temos que discutir as reformas que temos que fazer em nossa máquina pública, na nossa forma de fazer política, na nossa educação, saúde, segurança. Bolsa esmola já se mostrou uma medida paliativa que, se por um lado socorre aquele que está numa crise sem perspectiva, por outro lado o deixa dependente do estado, permanecendo sem perspectiva de avanço social e onerando toda uma camada produtiva da sociedade. Definitivamente isto não é justo, não é correto, não é sério. Assistência social é algo muito maior que bolsa esmola.

Estou cansado disto. Já me convenci que deste pessoal não há de vir nada. Temos que levantar a bunda do sofá e fazer as coisas mudarem na marra. Estou tendo contato com pessoas com ideias interessantes, que estão buscando uma organização para ter uma representatividade dentro deste jogo de poder. Vamos ver até quando as coisas vão conseguir progredir de forma independente destes partidos políticos consolidados. Vamos ver se as ideias novas vão conseguir sobreviver e ganhar vulto e apelo popular. Uma rede de pessoas pode sim organizar-se e ser o catalisador das mudanças que estamos precisando. Vamos ver se não acontecerá o mesmo que aconteceu aos seus antecessores que hoje estão no poder, vamos ver se não irão se perder nas suas próprias demagogias.